Eu acho que nunca comentei aqui no blog, que as vagas de garagem do nosso condomínio, além de não serem cobertas, são presas. O pior disso tudo, é que essa foi mais uma das “pegadinhas” da construtora. Pois fomos informados apenas, que elas seriam ao tempo, e não que seriam presas.
A pegadinha
No stand de vendas do lançamento do apartamento, não ficava claro pela maquete, como seria a disposição das vagas. E a corretora nos afirmou, mais de uma vez, que as vagas seriam ao tempo, mas pelo tamanho do terreno e pelas informações dos superiores dela, certamente seriam livres para manobra.
Não sei dizer, se ela tivesse falado com todas as letras que as vagas seriam presas, isso teria nos impedido de comprar o apê. Mas, confiamos na palavra dela, e fechamos o negócio. No contrato, consta apenas: “… incluído o direito à guarda de 1 (um) automóvel de passeio indeterminada e descoberta na garagem coletiva do edifício …”. Ou seja, nem que seriam livres e nem que não seriam.
Bom, o tempo passou, a obra começou e eu percebi pela evolução, que eles estavam demarcando as vagas uma atrás da outra. Entrei em contato com a construtora, e salvei o diálogo:
Fabiana: “Eu abri um chamado com a Renata, sobre uma duvida, se este empreendimento tem as vagas de garagem presas ou não.“
Atendente: “Conforme contato telefônico, informamos que as vagas não são livres e sim indeterminadas e descobertas.“
Outra vez, uma resposta duvidosa. Dependendo da interpretação, você pode concluir que terá uma vaga demarcada, e que não deve parar o carro onde bem entender. E por fim, quando praticamente desenhei para o atendente a minha dúvida:
Fabiana: “Só quero saber se vou precisar ou não manobrar o carro do vizinho para sair ou entrar com o meu carro. Ou seja, se as vagas são presas, truncadas.”
Atendente: “Não senhora, e maiores informações na Assembléia Geral de Instalação do Condomínio.”
Pois é, o atendente finalmente diz que eu não precisaria manobrar o carro de ninguém para tirar o meu. E pretendemos entrar com uma ação, assim que o dinheiro der, para cobrar esse tipo de informação. O problema, é conseguir provar o que a corretora disse na época.
E como funciona no nosso condomínio?
Por aqui, a solução mais barata, foi a troca de chaves entre os vizinhos. Ou seja, já que existem umas 4 vagas livres por torre, fizemos um sorteio, e quem não foi feliz em pegar a vaga livre, precisa deixar a chave extra do carro com o vizinho de vaga. Os condôminos podem negociar com o vizinho, se querem ficar sempre com a vaga da frente, ou de trás. Ou então, rotativo, quem chegar primeiro, para na frente e pronto.
O chato, é que pela Lei de Murphy, sempre que você fizer compras, vai chover ao chegar em casa. E sempre que estiver com pressa, atrasada(o), terá que manobrar o outro carro para tirar o seu. Sem falar, que algumas pessoas se confundem com os alarmes dos carros, e pela falta de costume, acabam disparando sem querer. Isso acaba incomodando os vizinhos que moram virados para o estacionamento, e é uma reclamação recorrente.
Outros problemas que enfrentamos
Acreditem, essas não são as maiores dificuldades, já que a construtora entregou o empreendimento com vagas faltando. E além disso, as que existem, são estreitas e as vezes contam com postes de luz fixos no chão, que diminuem mais ainda o espaço para os carros.
A grama no meio das vagas, também é um problema. Pois, com o espaço para manobrar reduzido, algumas pessoas passam com os pneus por cima da grama, e em dias de chuva, vira um lamaçal. Temos alguns vazamentos, vagas impossíveis de manobrar, caixa de luz no meio de uma das vagas. E nenhum vizinho pode ter carro grande, porque não cabe.
O aprendizado que tiramos disso, é que nunca devemos acreditar na palavra daquele corretor super experiente. Por que, para vender, eles fazem tudo! Fiquem atenta(o)s!
O post já ficou enorme, depois eu trago para vocês, algumas outras soluções para estes problemas de vaga presa.
Dica: exijam que tudo o que foi vendido à vocês verbalmente, conste em contrato.