Eu pensei, pensei e decidi. Pelo menos por enquanto, eu acho que o ideal é fazer 1 post por semana, sobre a minha gestação. Estou tentando me organizar, e assim, eu consigo ter o meu espaço aqui pra falar sobre o assunto, e ao mesmo tempo não sobrecarrego vocês. Então, toda sexta eu venho contar sobre a gravidez e o baby, e assim consigo trocar experiências com outras mamães. Vamos ver se dá certo, e vocês me contam se gostam desse formato, ok?! =D
Bom, nesse primeiro post eu vou compartilhar as nossas experiências desde quando decidimos ter filhos, já que não tivemos tanta sorte, e demoramos um pouco mais do que o normal. Acho que isso pode ajudar alguns casais que estão passando por problemas. E pra facilitar, vou dividir os assuntos em tópicos.
2 anos e meio de tentativas
Eu me lembro de tomar anticoncepcional desde a adolescência, como tratamento para a SOP – Síndrome de Ovários Policísticos. E mesmo tomando remédio, tinha ciclos irregulares. Em dezembro de 2011 parei de tomar o remédio, para desintoxicar e poder engravidar. Como eu nunca sabia os meus dias férteis, a coisa complicou. E ainda descobri que existiam meses em que eu nem ovulava. Mesmo assim, o meu médico me instruiu a continuar tentando naturalmente por mais um ano.
Obstáculos que enfrentamos
Com mais de 1 ano e meio de tentativas, e várias decepções (por sempre achar que estava grávida e era só mais um atraso) o médico resolveu investigar. O exame é dolorido, e por isso eles deixam para pedir em último caso. Fiz a primeira temida e dolorida histerossalpingografia, que é um exame que investiga causas de infertilidade, e alguns problemas foram encontrados. O contraste não fluiu como deveria, e as trompas pareciam obstruídas. O meu médico me orientou a esperar o trauma passar, e repetir o exame, para eliminar as chances de erro médico. Dois meses depois, fiz outra histero, e dessa vez deu tudo certo. A médica que realizou o exame foi um anjo e não sofri nadica. Não sabemos se foi realmente erro médico do primeiro exame, ou se o contraste limpou as obstruções, mas no segundo resultado, eu não tinha nada que impedisse uma gravidez natural.
Como estava tudo bem com o marido também, o meu médico resolveu acompanhar o meu ciclo inteiro do mês seguinte. Pra identificar o que poderia estar atrapalhando. E se fosse apenas um problema de ovulação, ele iria iniciar com os indutores. Até que…
Sintomas estranhos
Eu comecei a perceber um aumento nos meus seios e sentir falta de ar, mesmo sentadinha vendo TV. E no dia 27 de abril, um domingo, senti também uma dor estranha no pé da barriga. Tomei Buscopan, mas fiquei com uma pulga atrás da orelha. Comprei o teste de farmácia e esperei até a segunda, para fazer com a primeira urina da manhã, que é mais concentrada.
A confirmação
Teste Clearblue Compact |
O teste de farmácia ficou assim, com a segunda listra mais clara. Mas, já era o nosso positivo. E o que eu pensei ser um fluxo normal em abril, foi na verdade a nidação (fixação do óvulo) ou os meus probleminhas hormonais mesmo. No mesmo dia, fiz o exame de sangue, e confirmei a gravidez com um beta HCG de 3.587,0 mUI/mL.
Problemas após a confirmação
No sábado, antes mesmo da confirmação, tivemos relação e um sangramento começou. Fiquei super preocupada, e consegui encaixe no médico. Ele me deixou apavorada, porque disse que poderia ser uma gravidez tubária, ectópica ou anembrionária. Eu corri para fazer o primeiro ultrassom no Hospital São Luiz, e só lá consegui ficar mais tranquila. Apesar de estar tudo bem, o corrimento escuro continuou. Marquei outro médico, fiz outro ultrassom e como já estava de 6 semanas, pude escutar o coração do baby (ahh que alívio <3). Comecei com um medicamento chamado Utrogestan, fiz repouso absoluto de uma semana, e finalmente o corrimento e sangramento cessaram. Ufa!
Minhas paranóias e estado psicológico
Mesmo com 3 testes de farmácia positivos, a confirmação pelo exame de sangue, e a primeira ultrassom, eu ainda estava morrendo de medo de ser tudo “pegadinha do malandro“. Como tive problemas com o sangramento e tal, fiquei paranóica achando que a gestação não ia evoluir. E só depois de ouvir o coração do bebê me acalmei e deixei a ficha cair. O psicológico agora está equilibrado, só tenho preocupações com a saúde do bebê. Mas, acredito que seja natural né?!
Contagem de semanas
Pelas minhas contas, e pelas contas dos médicos, eu já deveria estar de 8 semanas e 5 dias. Mas, pelo ultrassom, está dando a diferença de uma semana. Como sou toda atrapalhada e desregulada, preferi acreditar no ultrassom, e considerar 7 semanas e 5 dias.
***
Ufa! Que post enorme! Mas, eu quis contar tudinho o que aconteceu, porque vai que alguém está na mesma situação que eu né?! Domingo completo 8 semanas, e terei uma ultrassom na terça também. Então, no próximo post eu já começo a contar direitinho como estou me sentindo, como está o baby, os médicos que passei, as novidades etc.
Ah, e sobre a “programação normal” do blog, juro que estou tentando postar todos os dias, mas a coisa ta complicada. Admiro as mulheres que descobrem uma gravidez, passam por todos esses sintomas, e ainda conseguem tocar a vida normalmente. Sorry! Espero que me perdoem.. =(
Me contem, este formato está bom para vocês?!