Primeiro post do ano, eba! Aproveito pra repetir, que desejo um ano super iluminado para todos. Cheio de conquistas e realizações, saúde, dimdim e força de vontade para que todos atinjam as metas traçadas. E novamente, muito obrigada pelo carinho em 2013, quero continuar vendo todos por aqui agora nesse ano. =D
Bom, quero começar o ano contando como foram as “mini férias” que tiramos. Quem viu o post anterior, e assistiu o vídeo, sabe que fomos pra São João da Chapada, que é um distrito de Diamantina, no estado de Minas Gerais. Tiramos centenas de fotos, tentei selecionar as melhores.
Diamantina fica a quase 900km de São Paulo, e nós demoramos umas 12h pra chegar. De lá, é preciso pegar uma estrada de terra e percorrer uns 22km pra chegar em São João da Chapada, onde moram os meus avós paternos.
O celular fica sem sinal, e os lugares que pegam uma ou duas barrinhas, são disputados. A maioria das pessoas vai pra perto do cruzeiro, na entrada da cidade, ou então, embaixo da árvore do jardim da casa dos meus avós. Por isso sumi, estava praticamente incomunicável.
A sensação, é de que esta casa e este povoado estão carregados de histórias centenárias, que encantam e enchem os olhos de quem estiver disposto a ouvir. Basta uma merenda ao pé do fogão a lenha de algum habitante, ou uma conversa na pedreira enquanto se olha o movimento, para atiçar a curiosidade e a imaginação de quem ouve os causos de São João da Chapada.
Esta é a casa dos meus avós, com estilo colonial, cheia de janelas, jardins e com o típico fogão a lenha.
Ahhhh o feijão de vó. Como de costume depois das refeições: “Deus que aumente!“. E continuando no jardim de vó, olha quanta riqueza:
E andando por São João da Chapada:
Prontos pra sair explorando tudo! Eu, papi e mamis. (marido tirou a foto) |
Antigo garimpo |
Eu estava com uma blusinha vermelha esse dia, o boi começou a bufar e eu quase saí correndo. Hahaha |
Será que estava calor? Joguei a camiseta do marido na minha cabeça. |
Meu pai “panhando” jambo. |
Nossa, o jambo estava docinho! |
Olha esse cacto que lindo! |
Passeio por Rio Pardo |
Marido renovando as energias |
E eu também! Voltei renovada! |
Pôr do sol mais lindo! |
Paz |
Entramos numa viagem, de que o sol se pondo, parecia um lago no céu. Não parece mesmo?! E o elefantinho na nuvem, do lado direito da foto? |
E agora um pouco de Diamantina pra vocês:
Catedral |
Antigamente, os negros não podiam atravessar a torre da igreja, que normalmente era na frente. Esta igreja foi construída com a torre atrás, para que Chica da Silva pudesse entrar. |
Já foi em uma agência assim? |
Olha essa loja da O Boticário. *-* |
A cidade é repleta de igrejas |
E ladeiras.. já não aguentava mais subir. =P |
Vista da cidade |
Outra agência bancária |
Vida noturna |
Plaquinha curiosa. =D |
E por último, um passeio na Gruta do Salitre:
Força família! 😛 |
Curiosidades
Não é puxando a sardinha, mas a hospitalidade dos mineiros, é uma das melhores que eu já vi. Eles sempre te tratam como se fosse da família, sempre tem lugar na mesa e uma cama pra você dormir.
As refeições são muitas. Tem o desjejum, o café da manhã, o lanche e o almoço. Depois vem outro lanche, o café da tarde, a janta e a ceia. Comi muito! =P
Em muitas casas, a água do banho é aquecida por uma serpentina que passa dentro do fogão a lenha.
Apesar dos tempos modernos, a cidade ainda é repleta de costumes religiosos e festivos. Nada passa sem comemoração.
A minha vó solta cada frase, que impossível não rir ou então não querer agarrá-la e beijá-la. Algumas que eu me lembro: “Não tá sujo, é só feiura!” ou então “Ui, grudou no meu didim!“.
E o meu avô, é mais contador de histórias. E com poucos jovens pra ouvir, ele se preocupa:
“O problema é que o jovem não quer ouvir as histórias dos mais velhos. Quando eu morrer, tudo vai comigo.” E ele tem razão. Fiz questão de ouvir tudinho!
Vó tem 86 anos e meu vô tem 87. Segundo meu avô, eles estão casados fazem 64 anos e 120 dias. E nunca ninguém o viu abraçado, beijando, ou brigado com a minha vó. Olha o respeito!
O sotaque e as falas do povo de São João e Diamantina, são praticamente um dialeto. Depois de alguns dias o ouvido acostuma, e a gente se pega falando “igualzim”.
Todas as pessoas tem apelido. E normalmente são chamadas fulano de tal. Eu sou a “Fabiana de Francisco”. =D
E os causos? Tem onça que come língua de gado, cobra de crista, farol de carro na estrada que nunca chega na cidade, e por aí vai. #medo
—
Adoramos a viagem, apesar de muito cansativa. Voltamos renovados e já estou cheia de saudades dos meus parentes lá de longe. Obrigada por ler este big post, e reviver as férias comigo!
Para saber mais sobre a cidade de Diamantina – MG, clique aqui.
Beijocas